CASAMENTO DA ANA
E DO TIAGO
Vamos casar-nos!
A cerimónia, por razões que vamos
tentar seguidamente explicar, está planeada segundo um modelo pouco habitual.
Mesmo esta classificação de “pouco habitual” teve de ser ponderada. Pensámos
inicialmente em recorrer à expressão “um pouco exótica” porque poderiam
eventualmente considerar que nós próprios éramos ligeiramente exóticos, mas
acabámos por concluir que somos afinal “fundamentalistas”...
Vamos primeiro à forma, em linhas
gerais.
- Existirá
apenas a cerimónia religiosa na Igreja Românica de Cedofeita, no Porto,
dispensando a boda.
- Vai
decorrer à noite, pelas 21:30 de Sábado, dia 14 de Junho (de 2003
:-) ).
- Preferimos
não receber prendas, seja sob que forma for.
Passemos então à explicação, agora
que terá já passado um pequeno choque a quem ler este texto e for menos
apreciador de “excentricidades”. Devemos desde já esclarecer que não
pretendemos ser inovadores nem diferentes. Limitámo-nos a meditar sobre o que
nos pareceu mais adequado à nossa maneira de ser, independentemente daquilo
que habitualmente se faz nestas ocasiões.
Por que não a boda?
- Insistimos em que a ênfase
esteja no significado e não na forma. Sabemos que a forma serve para dar
relevo ao conteúdo, mas neste caso receamos que a boda acabe por desviar
a atenção do que é fundamental. Daí sermos então “fundamentalistas” e
deixarmos que a cerimónia religiosa constitua a totalidade dos festejos.
:-)
- A boda é uma preocupação para
os noivos, que acabam por ter pouco tempo para o convívio com a família
e os amigos nesse evento.
- Não é precisa a boda para
manter a tradição, com a qual concordamos, de fazer o convívio à mesa: o
altar é a mais importante das mesas! Queremos uma cerimónia muito
participada, e não apenas assistida. ;-)
Porquê à noite?
- A noite é a altura de maior
sossego no exterior da Igreja Românica, proporcionando assim um ambiente
mais agradável para a cerimónia.
- Era habitualmente às 21:30
que fazíamos nesta igreja as orações do Grupo de Jovens, o que nos traz
boas recordações.
- Como não queremos boda, não
se fica com a sensação de cerimónia incompleta: quando acabar já é hora
de dormir...
Por que não prendas?
- Mais uma vez, damos ênfase ao
significado e não à forma. As prendas distraem do essencial, que neste
caso é o contributo dado a esta nova família com a vossa amizade
presente e futura.
- Não simpatizamos com listas de
casamento. Por outro lado, na ausência de lista corre-se o risco de
receber (e dar) algo que eventualmente não seja do nosso agrado, o que é
um desperdício frustrante.
- Não é que dinheiro nos sobre
(pelo contrário), mas estamos confiantes de que também não há-de faltar
quando realmente precisarmos dele.
- Somos bastante minimalistas
quanto ao que consideramos necessário ter em casa e privilegiamos a
facilidade de arrumação. Além disso, co-habitamos com felinos e canídeos
que por vezes apreciam dar “usos alternativos” aos objectos sem prévio acordo
nosso...
- Se acontecer que alguns dos
convidados tenham absoluta necessidade de fazer ofertas nos casamentos
por estarem “geneticamente programados” para tal, e na impossibilidade
de o evitar, sugerimos então para estes casos mais graves a encomenda de
obras de escultura à Ana.
Todos os que nos conhecem e
possivelmente simpatizem connosco podem e devem considerar-se convidados, nem
que seja só pela leitura deste texto. Teremos todo o gosto e muita honra em
que nos acompanhem nesse dia. Também com os convites queríamos ter a mesma
atitude: que não sejam um motivo de preocupação nem de distracção.
Permitam-nos escapar um pouco a estas tarefas e, se calhar com uma pontinha
de egoísmo, aproveitar melhor a alegria destes momentos que há tanto
aguardávamos.
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